Fui varrer as folhas na calçada de casa. Aproveitei para arrancar as ervas daninhas do ipê. Quando terminei de limpar e ergui a cabeça, eis que fui surpreendido com as primeiras flores do ipê. Fiquei tão emocionado que comecei a chorar ali mesmo, com a vassoura na mão. Um choro que vem da alma. O mesmo choro de quando eu vi os Girassóis de Van Gogh em Amsterdam ou quando eu contemplava o pôr do sol nos Himalaias.
Lembrei do dia que plantei esse pé a quase 3 anos atrás e como eu estava feliz. Recordei as várias reclamações de meu pai, ao longo desses anos, para tirar essa muda da calçada, por que cresce demais. Da minha irmã que se queixava das folhas. Porém nesses 3 anos, cuidei dele, deixei ele crescer livre, protegi ele primeiro dos cachorros e depois dos vândalos (esse foi o segundo pé que plantei ali, pois o primeiro alguém quebrou a muda, ainda frágil, de proposito). Limpei suas ervas daninhas, controlei as suas pragas e fiz sua poda quando foi necessário.
Ele foi crescendo, engrossando os galhos, ganhando altura. Neste inverno ele perdeu quase todas as suas folhas e hoje ele presenteou o universo com suas flores amarelas. A beleza das suas cores, encheu meu coração de esperança. Seu perfume, anuncia a primavera que virá. É tempo de despertar.
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