#2 – chá-fé

Ontem, colocava o pó de café no coador de pano, enquanto calculava mentalmente que aquela quantidade, só daria duas garrafas. Só dois dias. Ainda tem vinte cinco até chegar o auxílio.

Enquanto espero a água ferver, vou ao armário fazer um inventário. Quero saber quais opções terei para preencher o café da manhã dos campeões. Um pouco de café solúvel que com leite é sensacional, mas não tem mais leite. Tem chá-preto e chá-verde, antigos. Confesso que não sei se especiarias e chás se estragam. Ambos, comprei ano passado, quando eu morri. Eles me lembram da Tailândia e da Índia, minhas casas fora de casa.

Hoje, pela manhã resolvi fazer o chá-verde. É daqueles de sachê. Lembro quando comprei ele num supermercado em Singapura. É difícil pensar que o mochileiro e o passa-fome, são a mesma pessoa.

O chá não me agrada o paladar. Deve ser por isso que ficou tanto tempo guardado. Coloco açúcar e bebo. Dias amargos precisam de um pouco de doçura para que possamos alimentar nossa fé de que dias melhores virão.

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