A manhã estava fria e havia muita névoa quando abri a cortina da cozinha. Coloquei a água para ferver. Enquanto esperava, sonolento ainda, escutei um barulho na varanda.
Resolvi sair lá fora, estava 10 graus. Notei que o barulho vinha do telhado a esquerda. Fui na direção do som, quando vi um pássaro voando em direção ao muro. Era um Jacu.
Do muro, ele voou em direção ao telhado do vizinho. Voltei para dentro e busquei observa-lo da janela do quarto. Tentei, registrar sua visita com uma foto, que saiu borrada por conta da névoa.
Lembrei do verão de 2018, quando bebi o café mais caro da minha vida. Estava no Museu do Café, em Santos, quando vi que na cafeteria do museu, tinha o famoso café de Jacu. Uma xícara, saiu por R$ 25.
O Jacu, seleciona os melhores grãos do café para se alimentar. Depois de defeca-lo, os grãos são limpos e vendidos por volta de oitocentos reais o quilo.
Eram dois jacus que minutos depois partiram. Voltei a cozinha para preparar o chá, pois não tem café. Nem de Jacu, nem Pelé.