Compostela, do latim Campus Stellae (Campo da Estrela) se refere a lenda, da estrela que permitiu encontrarem o corpo do apostolo Tiago, lá nas terras da Galícia. No local onde encontraram o corpo, erigiram uma igreja, por ordem do rei. A igreja chegou, aos dias de hoje, como a Catedral de Santiago da Compostela.
Ainda na idade media (século XII), inicia-se a caminhada dos fiéis a Santiago, dando origem ao caminho de Santiago. Santiago se tornou a terceira maior rota de peregrinação cristã, ficando atrás de Roma e Jerusalém. A primeira rota vai até o túmulo de São Pedro, e seus caminhantes são chamados de romeiros. A segunda rota leva ao Santo Sepulcro de Cristo, e são chamados de palmeiros os que fazem este caminho. Por fim, aquele que caminha até Santiago dá-se o nome de peregrino.
O peregrino parte da porta de sua casa até chegar a uma das rotas que atravessa a Europa e que levam a Compostela.
Uma norte-americana perde o marido e decidi caminhar. Um avô italiano que caminha pelo nascimento do neto. A holandesa que ganhou do marido um tempo para si mesma. O professor alemão que decidiu viajar pelo mundo enquanto jovem. A universitária de férias que decidiu caminhar.
Cada um com sua história e motivação. Na noite profunda até a aurora cheia de vida e esperança, cada qual luta dentro de suas mentes e corações contra seus dragões. A jornada é recheada de símbolos e metáforas.
No Caminho nascemos, crescemos, morremos e por fim renascemos. A mochila passa a ser sua casa, os peregrinos tornam-se a sua família. Encontramos Deus nas montanhas, nos rios e nos campos. Cada trilha, estrada, cidade e vilarejo percorrido são fases da vida peregrina.
Eu alimentava o desejo de realizar o Caminho, desde dos vinte. Aos vinte nove, tive uma visão de que iria para o Caminho aos trinta e três. Não sei por que, talvez por ser a idade da morte de Cristo.
Em janeiro de 2015, já com trinta e dois, comecei os preparativos da realizar o caminho no ano seguinte. Em 6 de maio de 2016, uma sexta-feira, parti com uma mochila nas costas rumo ao aeroporto. Não fazia ideia, o quanto essa jornada mudaria a minha vida.
Em Madri eu faria conexão para Toulouse. Porém, perdi a conexão. Não havia mais voos naquele dia. O atendente, ao qual eu não entendia, me ofereceu um voucher para um hotel. Nesse momento tive a sensação que Santiago começou a interceder a meu favor. O hotel era 5 estrelas, com banheira e todas as refeições estavam inclusas no voucher. Essa seria a primeira das muitas boas surpresas que o Caminho me reservaria.
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