Esse fim de semana fui assistir ao oitavo filme do Tarantino 8 odiados. Um filme ambientado no velho oeste, mas que aborda temas atuais como racismo, machismo e homofobia. No filme, os modos de lidar com estes temas é o mesmo como eram tratados todos os assuntos no velho oeste: com uma violência nua e brutal.
No mundo ativista politicamente correto ao qual estou inserido, só de ouvir isso, algumas pessoas irão falar um monte de besteira sem ver o filme. Porém o filme não é uma apologia aos temas citados. Ele na verdade traz uma grande sacada, pois consegue trazer a essência do por que das pessoas se comportarem de maneira tão violento e preconceituosa.
A essência de tudo, é o medo de que sua sobrevivência se extinga antes do que achamos que deve ocorrer. Para sobreviver nos tornamos violentos para o mundo externo, mas ser ou parecer violento é exaustivo demais e exauri a vida tão ou mais rápido que a violência.
Então criamos um método de afugentar os outros, através de uma violência psicológica. Dizemos ao outro que a sua cor é inferior (racismo), seu gênero é fraco (machismo) e sua orientação sexual é fraca (sexismo) e então o outro passa a nos ver como uma ameaça superior e com isso o outro passa a ter medo de nós, o que reduz significativamente a quantidade de pessoas que podem nos ameaçar. Este instinto de sobrevivência é a origem da violência física e psicológica que perdura até os nossos dias.
Entendendo esta origem, o que cabe a nós hoje é tomar consciência que temos sim, condições de viver de um modo completamente diferente, sem violência para com o outro e ainda assim iremos sobreviver.
Como sempre um puta filme do Tarantino com sacadas que vão muito além do sangue e do medo que temos na tela.
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