Photo credit: bryan… on Visualhunt / CC BY-SA
Era um sábado de verão, onde o sol do oriente ardia na feira da Liberdade. O sol era tanto que suava até o rego.
A loira baixinha seguia de barraca em barraca, igual gato caçando borboleta. Lá pelas tantas, sente que está com fome e com calor. Mais fome que calor. Tem sede também.
Entra em uma das lojas de comidas exóticas importadas do oriente, ali na rua Galvão Bueno, em busca de alguma coisa para aplacar a fome. Vê um balcão de sorvetes e pensa ser uma boa opção, já que diminui a fome, aplaca a sede e refrigera a linguá, ao menos até ela encontrar uma refeição decente num restaurante com ar condicionado.
Entre embalagens coloridas e ideogramas indecifráveis escolhe um que parece ser de chocolate. Paga seis reais e vinte centavos no balcão e sai para rua feliz com seu sorvete. Abre a embalagem e tira um naco do sorvete.
Enquanto aquele pedaço derrete na boca, percebe algo estranho no sabor. Recorre a sua paleta de sorvetes e geladinhos e não encontra sabor similar. Nem mesmo da paleta da tia Zuleica que vendia geladinho de vinho quente. É certo que aquele sabor não é chocolate.
Na segunda mordida, percebe que algo é familiar naquele sabor, mas não se lembra daquilo como sorvete. Tenta decifrar a embalagem e inútil. O sorvete no formato de peixe a faz pensar se aquele sabor vem de algum fruto do mar, não sabe.
Retira mais um naco e então incrédula e de olhos arregalados, solta um grito no meio da Avenida Liberdade.
PORRA!! QUEM COLOCOU FEIJÃO NO MEU SORVETE????
Já são 4 da tarde62 passageiros sentadosoutros 200 agarrados à própria sorte No balanço, desigualdadesidosos…
Video da minha participação na gravação do Sarau Literatura Nossa que foi ao ar dia…
Feriado para lembrar de quem já esquecemosQuando se levam flores nunca dadasQuando se falam palavras…
Escuto vozes em minha mente de coisas que aconteceram antigamente Escuto vozes nas ruas com…
This website uses cookies.